O implante dentário costuma ser um tratamento muito simples e eficaz quando há osso suficiente para a ancoragem. Entretanto, nem sempre há a quantidade de osso necessária para que o pino de titânio tenha a fixação necessária. Os enxertos ósseos surgiram com o intuito de fornecer a quantidade de osso em altura e/ou espessura para que o tratamento de implante seja possível. Há diversas situações em que eles podem ser utilizados e a prevalência de sucesso é muito alta.

Apesar de o tratamento com implantes dentários ser possível na maioria dos casos clínicos de perdas dentárias, algumas situações não oferecem a quantidade de osso necessária para a ancoragem do pino de titânio. A altura de osso pode ser muito curta ou até muito fina devido a diversos fatores. Mesmo os implantes mais finos ou curtos necessitam de uma quantidade mínima de osso ao redor deles para que sejam eficazes. Além disso, em situações em que o paciente ainda não extraiu o dente, é possível que o dentista sugira a remoção do dente concomitante a instalação do implante. Neste caso específico, o enxerto ósseo é uma ótima solução para evitar a perda do osso que estava apoiado no dente.

1. O que é o enxerto ósseo utilizado em tratamentos de implante?

O enxerto ósseo pode ter diferentes origens, formas e tamanhos. Cada enxerto é escolhido de acordo com o caso específico do paciente e as necessidades do tratamento. Os enxertos autógenos são aqueles em que o osso é retirado do próprio paciente. As chances de rejeição são pequenas, devido ao fato de serem do próprio paciente. Mas na maioria das vezes é necessária intervenção em outro local da boca ou do corpo. O enxerto xenógeno é aquele em que o osso tem origem em outra espécie, na maioria das vezes, de origem bovina. Esse tipo de enxerto tem se mostrado extremamente biocompatível e resulta em um ganho ósseo em bom volume. Na maioria dos casos, a melhor forma de se ganhar em volume e qualidade, é a associação dos dois tipos de enxertos citados. Há outros tipos de enxerto como o sintético e o homógeno.

• Quando é indicado o tratamento?

O uso de enxertos ósseos pode ser indicado em diversos casos clínicos e situações diferentes. O caso mais comum de indicação para associação entre instalação de implante concomitante a utilização de enxerto ósseo é em casos de implante imediato. Nos procedimentos em que o profissional avalia a possibilidade de extrair o dente e colocar o implante dentário na mesma cirurgia, o enxerto ósseo pode ser colocado para manter o volume do osso que estava apoiado no dente. Desta forma, a região da gengiva ao redor do implante não criará uma depressão que pode ser prejudicial à função e estética do implante. Em casos em que a altura ou espessura do osso não são suficientes para instalar o implante, o dentista também poderá avaliar a possibilidade de colocar o enxerto.

• Quais são os maiores benefícios do tratamento?

O enxerto ósseo pode ser a solução para diversos casos complexos de instalação de implantes dentários. Pacientes que perderam os dentes há muito tempo normalmente tem perdas ósseas maiores, principalmente quando associado a próteses removíveis mal adaptadas. Muitas vezes, estes pacientes acreditam não ter osso suficiente para instalação de implantes. Entretanto, os diferentes tipos de enxertos ósseos podem devolver o osso em altura, espessura e/ou volume necessários para receber um ou mais implantes. Além disso, o avanço tecnológico da odontologia faz com que os enxertos disponíveis no mercado tenham uma taxa de rejeição mínima. Sendo assim, os enxertos ósseos se tornam uma opção de alta qualidade e extrema segurança para os pacientes.

• O que você precisa saber antes de procurar o tratamento?

O tratamento de enxerto ósseo para casos de instalação de implantes dentários é indicado de acordo com a condição atual óssea do paciente. Para que esta avaliação seja acurada é necessário que o paciente passe por um exame de tomografia computadorizada. O dentista poderá visualizar todas as estruturas da região a ser operada e poderá indicar o melhor tipo de enxerto para o caso específico. Por se tratar de um procedimento delicado é necessário que a saúde bucal do paciente esteja controlada. Quando há colônias de bactérias ao redor da região operada, as chances de insucesso e infecção são maiores. Por isso, o paciente deve ter bons hábitos de higiene e as profilaxias dentárias devem estar em dia.

Alguns pacientes acreditam que não podem receber implantes por não ter osso suficiente para ancoragem do pino. Entretanto, com o avanço tecnológico da odontologia moderna, os diversos tipos de enxertos disponíveis no mercado ou advindos do próprio paciente, tornam possível a instalação de implantes. A alta da taxa de compatibilidade, o ganho volumétrico satisfatório e as taxas de sucesso elevadas fazem com que este tratamento seja a solução que muitos pacientes buscam!